quinta-feira, 21 de outubro de 2010

História

“A expressão viva do folclore brasileiro”. É assim considerado o Grupo de Cultura Nativa Tropeiros da Borborema, de Campina Grande – PB.
Pioneiro na modalidade dança folclórica na cidade, o grupo tem se destacado com o seu trabalho sério na preservação da cultura popular nordestina, mantendo vivas as raízes culturais e resgatando as tradições de nosso povo.  Sua criação inspirou-se na formação histórica de Campina Grande, quando a cidade marcava os primeiros passos de desenvolvimento.
Os Tropeiros foram componentes para o progresso e desenvolvimento de Campina Grande, transportando alimentos, como farinha, feijão, milho, cana-de-açúcar e peles de animais, em lombos de mulas e jumentos em caminhadas longas que pareciam não ter fim, enfrentando a chuva e o sol quente dos sertões.
Fundado em 05 de maio de 1982, pelos professores Gerson de Oliveira Brito, Josefa de Lourdes Lira Brito e Evandro do Carmo Souza, o grupo tem como objetivo primordial pesquisar, divulgar, preservar e manter vivas as tradições do nosso povo. Entidade reconhecida de utilidade pública por força das Leis Estadual 6.114, de 26/09/1995 e Municipal 1.645, de 16/12/1987 o grupo constitui-se num patrimônio cultural da Paraíba.
Em seu invejável currículo conta com ousados títulos de grupo mais autêntico do mundo, conferido pela imprensa especializada francesa e com a indicação para o prêmio Mambembe 1996, uma espécie de Oscar da Dança, concedido pelo Ministério da Cultura, através da Funarte.
O grupo Tropeiros da Borborema já percorreu quase todos os estados brasileiros, com destaque nos principais eventos do país, a exemplo do Festival de Folclore de Olímpia-SP. Por três vezes representou o Brasil na Espanha, nos anos de 1986, 1992 e 2005; duas vezes na França, em 1986 e 1992, em 2005 e na Coréia do Sul, em 2001.
Como único representante do Brasil em Festivais Internacionais de Folclore, foi considerado o mais autêntico do mundo, na França, entre 22 países representados e o mais popular, na Coréia do Sul. Na França, o grupo teve atuações destacadas nas cidades de Confolens, Bordeaux, Mont Blanzac, Oloron_Sainte-Marie, Marselha, Toulouse, Nay e toda a região dos Pirineus. Na Espanha, atuou com brilhantismo em Irung, Bermio, Málaga, Bilbao, San Sebastian, Guernika, POrtugalete e toda a região de Anadaluzia. Na Coréia do Sul, ‘Tropeiros’ destacou-se no Word Festival of Jeju Irlands (Festival Mundial das Ilhas de Jeju) e ainda em eventos em Seul e adjacências. Em Portugal, as atuações se concentraram em Matosinhos, Vila Nova de Gaia, São Mamede de Infesta e Barcelos, na região do Porto, e na cidade do Faro.
O ‘Tropeiros da Borborema’, que funciona como escola, desenvolve um trabalho de multiplicador, na formação de agentes culturais, inspirando a criação de vários outros grupos de atividades congêneres, que dão continuidade à preservação e resgate dos valores culturais nordestinos, em especial a dança folclórica, incluindo, também a literatura, poesia, música e teatro.
Seu rico repertório consta de vários números que retratam os costumes e as tradições do povo da região. São desde danças indígenas, que representam os primeiros habitantes no seu autêntico perfil, com suas crendices e superstições; as danças de sabor aristocrático, trazidos para o Brasil nos idos da Coroa Real, até as mais simples manifestações, originárias dos mais diversos rincões da região nordestina, caracterizando, desta forma a autenticidade e a rusticidade do homem simples do campo, destacando-se o Xaxado, muito divulgado pelo cangaceiro Lampião e seu bando.
Soltem as burras, Tropeiros
Brava gente essa que fez do seu próprio caminho o seu próprio destino, via crucis nordestina, encontro com Deus, reencontro com os homens, hoje os tropeiros se erguem como símbolo de garra e amor à sua terra. Vestidos numa roupagem artística, dão outra conotação aos “velhos” Tropeiros, mostrando ao Brasil e ao exterior a sua força e a sua grandeza na preservação dos costumes e tradições do seu povo.
Sua criação deve-se aos professores Gerson de Oliveira Brito, Josefa de Lourdes Lira Brito e Evandro do Carmo Souza, que graças ao empenho, Amor e dedicação à cultura popular brasileira projetaram o grupo em quase todos os estados brasileiros e até no exterior.
Por Wilson Maux

3 comentários:

  1. Bom saber que faço parte dessa linda família e dessa linda história!!!

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  2. Olá pessoal sou um fã das antigas e bem distante, sou de Goiânia/ Go. Vocês possuem algum material tipo DVD, CD? Como faço pra adquirir. Caso tenha custo quero comprar, mandem-me as coordenadas por favor, ficaria muito grato. Há alguns anos atrás o Gerson me mandou uma fita VHS que já não roda mais e quero muito o material de vocês. Se tiver algum material de Quadrilhas Juninas tenho interesse também.

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